Tudo acontecia bem no centro da cidade, por volta das 18horas, ela ia
beber alguns goles de poesia na união dos escritores. Coincidência. Era por lá
aonde eu ia até ela aparecer. Vamos fazer poesia com nossos corpos madrinha,
falei na desportiva, nada sério. Queres? Perguntou sorrindo…
Quem não ia querer, respondi com uma palmada disfarçada de brincadeira bem
na sua bumba.
Safado, falou sorrindo. De mãos dadas caminhandávamos até ao largo das
Heroínas, o ponteiro do relógio apontava na hora 20 enquanto meu ponteiro
apontava meio-dia, eu não compreendia. Ui… ela exclamou enquanto acariciava meu
mastro.
Coloquei-a encostada bem nas estátuas das heroínas
Sem mais volta, saboreei seus lábios enquanto minha mão acariciava
aquela bunda Cabindiana excitante...
Nos demos tantas vezes que perdemos
o curso normal das horas, era uma aventura tremenda, nunca antes feita por mim
nem por ela... Sorrisos doidos, palmadas excitantes, acompanhavam-nos naquele
anoitecer da noite
Quando demos por nós, estávamos
deitados juntinhos naquele acento que o pequeno largo oferecia. O fluxo dos
carros que por nós passavam era cada vez maior, quando despertamo-nos...
surpresa... O dia já era dia e as pessoas caminhandavam frequentemente por onde
estávamos.
Pusemo-nos rapidamente em pé como
se nada tivesse acontecido.
-Até um dia Fada-Madrinha -despedi
sorrindo enquanto passava a estrada
-Até um dia Bonitão respondeu
sorrindo
Não acredito! Exclamei
Só pode ser um sonho. Aliás ninguém
acreditaria no que aconteceu. Essa mulher mal à conheço. Santo Deus! Parece que
bem antes dos nossos olhos trocarem alguns dispersos olhares, antes mesmo dos
nossos corpos incondicionalmente trocarem alguns abraços, Longe daquela maluca
aventura, sinto que já a conheci de algum lado
De onde? Exclamei!
Andava sorrindo, pensando nas
tantas vezes que jogamos orgasmos fora, loucura total. Parecia uma ficção dos
meus tempos de eros,
-Eu que escrevia versos doidos e a
aventuras eróticas impossível de acontecer, hoje fui pegado por um dos meus
personagens.
Não acredito, pensava comigo mesmo enquanto caminhava pra casa…
Quem era aquela mulher? Mais uma
vez a sensação de que já a conheço de algum lado voltou a incomodar.
Aguardem a proxima parte
Kambuale Kassinda
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